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Agricultoras e agricultores são capacitados em Boas Práticas de Fabricação agroindustrial

Atualizado: 17 de jul. de 2022

Realizada na última sexta-feira, dia 15 de junho, nas instalações da Cooperativa Camponesa, município de Águia Branca, a capacitação contou com 14 agricultoras e agricultores de 7 municípios capixabas, todos, participantes da Rede Bem Viver. A formação foi realizada pela Economista Doméstica Joziellen Nunes da Costa do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com a Cooperativa Mista, de Produção e Comercialização Camponesa do Estado do Espírito Santo (Cooperativa Camponesa) e a Rede Bem Viver.

Considerada fundamental no processo de transição agroecológica, por permitir agregação de valor aos alimentos cultivados pelas famílias agricultoras, a agroindustrialização ainda se apresenta como um desafio, seja por questões econômicas que não permitem os devidos investimentos, desconhecimento da legislação, das Boas Práticas de Fabricação que emperram o aspecto comercial e a geração de renda. Estes e outros motivos levaram a parceria com o Incaper, através da Extensionista Joziellen a realização do curso em questão.

Para Joziellen, o curso apresenta impacto positivo, uma vez que contribuí a “Otimizar os trabalhos durante o processo de alimentos, reduzir os riscos de contaminação, aumentar a validade dos produtos, padronizar a produção. Essas práticas contribuem com objetivo de obter uma produção de alimentos seguro para o consumidor final”. A extensionista acrescenta ainda a importância de “compreender as questões relacionadas à segurança alimentar no processo de elaboração dos alimentos, nas formas de armazenamento e conservação e em outros importantes conceitos e práticas ajuda no processo de agregação de valor dos produtos da Agroindústria”.

Para Marcieli Ramos, que junto a família produz produtos artesanais e naturais a base de coco e cacau na agroindústria Cocau, o curso se apresentou importante por permitir “observar quais são as práticas dentro da agroindústria, e a partir do curso aprimorar o trabalho”. Marcieli completou “[...]sempre fazemos o debate agroecológico sobre o não uso dos agrotóxicos na produção, mas acabamos não tendo a mesma visão sobre as agroindústrias achando que somente o fato de não usar veneno na produção resolve a questão das boas práticas, desconsiderando as questões de transporte e armazenamento dentre outras”. A camponesa enfatiza ainda sobre o grau de responsabilidade que tem em produzir alimentos de qualidade e com segurança alimentar.

No âmbito da Rede Bem Viver Kátia Soprani, que é facilitadora em agroecologia, comentou que “o curso foi importante, pois trouxe de forma simples e práticas, procedimentos fundamentais a garantia da sanidade dos alimentos preparados pelas famílias camponesas, higienização das mãos, uso de Equipamentos de Proteção Individual, controle de anotações. São coisas basilares”. Kátia completou afirmando que “[...] o curso é uma parte de um processo muito maior, de compromissos assumidos por parte das famílias capacitadas no desenvolvimento das atividades agroindustriais realizadas no âmbito da família ou de forma coletiva, como no caso das agroindústrias de derivados da cana de açúcar (Águia Branca), mandioca (Domingos Martins) e de minimamente processado (Vila Valério) que está em fase de estudos para implantação.


Por Assessoria de Comunicação.

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