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Mulheres realizaram encontro sobre feminismo camponês e popular em Água Doce do Norte

Atualizado: 3 de jul. de 2022

Na última quinta-feira, 30 de junho de 2022, mulheres dos municípios de Água Doce do Norte e Barra de São Francisco realizaram encontro de formação que teve como tema “Feminismo camponês e popular”. O encontro é parte integrante do projeto “Sembrando Resistencias feministas: mujeres campesinas construyen e implementan planes de acción para la organización, formación, producción y defensa de los Derechos Campesinos en pos de la reconstrucción de la soberanía alimentaria en Brasil” e contou com apoio da equipe técnica da Rede Bem Viver.

O encontro de formação foi iniciado com rodada de apresentações das participantes e mística, que tratou da importância da organização das mulheres na luta por direitos sociais e da importância do enfrentamento ao patriarcado, que de modo geral é um regimente social em que a mulher é subjugada em função pelo homem.

Seguido deste momento, foi feito debate quanto ao acúmulo da carga de trabalho realizado pelas mulheres quando comparado ao feito pelos homem como uma forma de violência, mas não se resumindo a ela. Durante o debate foram apresentadas as cartilhas produzidas Coletivo de Gênero do Movimento do Pequenos Agricultores (MPA), que tratam das temáticas “Território, corpo e violência”, “Alimentação, fome e agroecologia desde o feminismo” e “Estratégia, poder popular e articulação de mulheres”, o qual foram empregadas como instrumento de trabalho para o debate.

Cássia Cassaro militante do MPA e facilitadora do encontro comentou que “ [...] é importante debater o feminismo, pois assim conseguimos nos expressar de forma aberta e expandir a organização das mulheres, fazendo com que cresça o feminismo camponês e popular e este se expresse na consolidação dos processos femininos coletivos que dão autonomia as mulheres do campo e da cidade e permitem combater as inúmeras violências sofridas por elas”.

Cássia complementa, dizendo que "O machismo e o patriarcado são bases estruturais da sociedade capitalista e se expressa na cidade e no campo, invisibiliza o trabalho feminino, seja nos afazeres de casa ou na roça, as mulheres são ainda tratadas como meras ajudantes, por vezes não figuram como titulares da terra, não opinam nas decisões sobre a produção e ainda sofrem com o isolamento social quando são vítimas de violência doméstica. Essa é uma realidade que precisa ser mudada, por isso o encontro de formação".

Ao fim do encontro, as participantes se posicionaram na importância do evento em permitir espaço de diálogo entre mulheres e de seguir produzindo alimentos saudáveis e lutando pela igualdade social seja ela de gênero, classe ou raça.

Assim aconteceu o encerramento do encontro com uma mística e partilha de produtos produzido por mulheres campesinas.


Por assessoria de comunicação.


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